sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Jovem Solidário 2008

A Câmara Municipal de Odivelas promove uma Campanha de angariação de Materiais pedagógicos, Didácticos e Escolares:

  • Lápis
  • Cartolinas
  • Canetas de cor
  • Plasticinas
  • Jogos
  • Livros
para entregar às Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho de Odivelas.

Participa na Campanha de 20 de Fevereiro a 19 de Março.
Entrega o donativo no Pavilhão Administrativo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Diálogo intercultural: um desafio inadiável

2008 é o Ano Europeu do Diálogo Inter-cultural.
Nunca, como actualmente, se impôs com tamanha premência uma reflexão apro-fundada sobre o diálogo entre culturas, a relação entre vizinhos, a gestão da diversidade. São várias as razões que conduziram à emergência desta nova agenda. Avultam, entre outras, o "achatamento" do mundo (1) , a intensificação dos movimentos migratórios (2) , a violência interétnica e a intolerância entre povos (3) , as pulsões contraditórias de hibridação cultural e de identidades predatórias (4) . Dito de outro modo, as categorias analíticas de compreensão do mundo da velha ordem industrial são inadequadas - e manifestamente insuficientes - para descodificar o mundo da nova ordem pós-moderna, individualista, complexa e intercultural.
Nas palavras argutas de A. Touraine (5) assiste-se ao fim da sociedade e ao nascimento do "sujeito" - antes o indivíduo era produzido pela sociedade, nos seus comportamentos e no seu pensamento; agora, o contrário é que é verdade. O sujeito é o protagonista do novo paradigma, entendido como alguém que procura criar-se a si próprio, que se forma na vontade de escapar às forças, às regras, aos poderes que nos impedem de ser nós mesmos e na vontade de ser actor da sua própria existência. Vivenciamos o as-censo do individualismo radical e, em concomitância, a era da afirmação da especificidade cultural.O "paradigma social"» (séculos XIX e XX) está em vias de ser substítuído por um novo "paradigma cultural" (século XXI). Os direitos culturais constituem o pivot do novo paradigma. Estes não se con-fudem com os direitos políticos, posto que se estes últimos devem ser atribuídos a todos os cidadãos, aqueles protegem, por definição, populações particulares. Emergem novas categorias interpre-tativas cerzidas em torno de três ideias-chave: (i) a decomposição da ideia de sociedade ou declínio do social, (ii) o avanço não controlável de forças supra-sociais (v.g. guerra e mercado), (iii) o aumento das reivindicações culturais.Pairam no ar perguntas difíceis mas, nem por isso, menos pertinentes: · Como levar as culturas a dialogar entre si? · Podem os códigos universais (ex. direitos humanos, modelo de governação democrática, ética de sustentabilidade planetária) constituir-se em base duradoura de legitimidade supracultural para impor ordem no mundo? · Será possível superar o risco maior do pluralismo sem convicção e do multiculturalismo sem integração? · Como construir capital social em sociedades crescente-mente atomizadas e fragmentárias? · Será viável aspirar a uma cidade genuinamente intercultural alicerçada na confiança e na cooperação entre diferentes?· Afigurar-se-á viável repensar um novo contrato social de cidade que a refunde a partir de uma nova vizinhança local?· Serão reabilitáveis as instâncias básicas - e tradicionais - de socialização primária: família, igrejas, escola?· Haverá lugar a uma didáctica da inter-culturalidade capaz de viabilizar uma aldeia global onde a arte de viver juntos se cultiva em permanência? · Fará sentido reinventar a aventura comunitária assente em novos pressupostos de inclusão e de pertença múltiplas? · Será viável desacoplar cidadania e nacionalidade na busca de novos paradi-gmas de gestão inteligente dos fluxos migratórios? · Poderá a humanidade reabilitar a cultura e o diálogo intercultural como chave de interpretação "espessa" da realidade? · ...A Palavra vivida e o Diálogo aberto são, como sabemos, as bases para o Ecume-nismo. Como o demonstra a exposição mundial de Bíblias em Roma, na Biblioteca Dom Bosco da Pontifícia Universidade Salesiana que atesta o facto extraordinário de que existe uma tradução de ao menos um livro completo da Bíblia em 2.426 línguas, enquanto a Bíblia completa foi traduzida em 429 idiomas e o Novo Testamento em 1.144, varrendo as mais diversas civilizações.Oxalá este convite à partilha dialógica possa contagiar outros a fazerem desta oportunidade um espaço de densificação de ideias e um tempo de debate elevado.Hoje, como desde sempre, uma prova do verdadeiro amor evangélico está em amar o diferente, em ser pobre do outro, em conpreender que o outro não é senão a outra metade de mim próprio. E em ter a sabedoria de penetrar na plenitude de um mistério total da condição humana:· A grande riqueza humana está na diversidade.· A grande riqueza humana está na semelhança.
Roberto Carneiro, Presidente do Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa/UCPNOTAS:1 Friedman, T.L. (2005). O Mundo é Plano - Uma História Breve do Século XXI. Lisboa: Actual Editora.2 Carneiro, R. (2007). Europa: O Desafio da Diversidade e do Acolhimento. Lisboa: Conselho Económico e Social (mimeo).3 Huntington, S.P. (2006). O Choque das Civilizações e a Mudança na Ordem Mundial. Lisboa: Gradiva.4 Carneiro, R. (2001). «Choque de Culturas ou Hibridação Cultural», in Fundamentos da Educação e da Aprendizagem. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão.5 Touraine, A. (2005). Um Novo Paradigma - Para compreender o mundo de hoje. Lisboa: Piaget.
in http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=56294&seccaoid=8&tipoid=62

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Dia Europeu para uma Internet mais Segura

No dia 12 de Fevereiro celebra-se o Dia Europeu para uma Internet mais Segura.

As atenções focam-se na navegação electrónica e o Eurostat divulga uma selecção de estatísticas sobre as actividades na Internet, as preocupações de segurança e a frequência de ataques de vírus informáticos.

É necessário estarmos atentos a todas as potencialidades da Internet mas também aos seus perigos.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Padre António Vieira


”Há homens que são como as velas,
queimam-se para dar luz aos outros”
(Pe. António Vieira).
No dia 6 de Fevereiro de 1608 nasceu o Padre António Vieira.
Jesuíta, missionário, orador e diplomata, António Vieira foi sobretudo um dos maiores prosadores da língua portuguesa.
Um dia disse: "para falar ao coração são necessárias obras".
Foi essa a sua tarefa: deu a sua vida a defender os mais fracos.
Defendeu com a sua sabedoria os escravos no Brasil e posteriormente pregou a tolerancia para com os cristãos-novos.
A Inquisição ordenou-lhe que se calasse, esteve impedido de pregar, mas escreveu uma vasta obra literária denunciadora das vicissitudes de que sofria a sociedade portuguesa.
Foi hoje naugurada na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa - Palma de Cima - uma exposição iconográfica e bibliográfica do Padre António Vieira, coordenada e organizada pelo Professor Arnaldo do Espírito Santo, presidente da Comissão Científica de 2008 - Ano Vieirino.